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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pelo direito às lágrimas

Quero poder chorar. Quero poder gritar. Não quero ser polida e racional o tempo inteiro.
O que conseguimos com a revolução feminina?
O grande direito de termos de nos comportar como homens.

Coisa que não somos.

Dentre todas as mulheres que conheço, sou uma das menos choronas. Não choro por causa de comercial, novela, filme ou livro. Não choro por causa de cenas cruéis que o cotidiano nos oferece; mas quero poder chorar quando tiver vontade.

Não posso brigar com ninguém. Seja por raiva, ódio ou emoção. Me dá vontade de chorar. Chorar bastante. Principalmente quando brigo por algum motivo grave ou que pode causar graves conseqüências.
Sei lá por que motivo as pessoas tem medo de pessoas que choram. Chorar é normal, faz parte das reações normais das pessoas.

Estudando um pouco de crônicas do século passado, percebemos que as pessoas berravam, se descabelavam, estouravam de tanto chorar por qualquer motivo que parecesse plausível. Brigas com o namorado, separação, morte. Qualquer coisa era motivo justo para se descontrolar. (Se surpreendeu que a "morte" seja um bom motivo para o descontrole? Provavelmente. Afinal hoje em dia nem os velórios são bons lugares para o enlouquecimento. Temos de parecer resignados e comedidamente tristes. Só. Tudo sob medida.

Saco.

Vou chorar!!!! O quanto eu quiser! E quem quiser estar ao meu lado vai ter de agüentar.

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