8)

8)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O banco

A greve dos bancários fez com que os problemas corriqueiros se tornassem mais evidentes.

E deixou a forte tercerização dos serviços bancários às claras. Suas consequências são manchetes de jornal:

"Assalto à lotérica"

"Senhora saca dinheiro no caixa eletrônica e é detida por passar nota falsa"

O uso das lotéricas como unidade bancária reduz filas, mas expõe todos os usuários a um risco bem maior que em um banco. A segurança de uma lotérica não é, nem de longe, similar a de um banco, mas suas movimentações são.

Além disso, o caixa de uma lotérica não é treinado para reconhecer notas e ainda assim tem de pagar possíveis prejuízos com seu salário de 700 pila. Um caixa de banco tem treinamento e recebe esse valor só para quebra de caixa, trabalha mais seguro e de forma mais qualificada.

Outra questão é a reposição dos valores das máquinas, serviço tercerizado em muitos bancos. Isso cria outro problema denunciado pela TV no período da greve: uma senhora sacou um valor na máquina e a nota era falsa! Claro que não foi um tesoureiro que a pôs lá!

Todos apóiam a redução dos custos e do pessoal bancário, mas ninguém percebe o quanto essas pessoas são importantes para garantir o bom andamento e a segurança de seus preciosos valores (afinal todo seu salário passa por lá!). Os jornais contas os fatos, mas não se preocupam em relatar suas causas, afinal isso interessa a quem? Por que os jornais não dizem nada e a população só reclama dos serviços bancários?
Por que esses serviços não são regulamentados de forma mais restrita e exigente?
Para onde vai todo o lucro gerado pelos bancos (inclusive os bancos públicos)?

Para o bolso da população e dos funcionários é que não.