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quinta-feira, 29 de abril de 2010

A propósito da música da rádio

Hoje estava ouvindo rádio e ouvi uma música que dizia: "Se não podemos rir de nós dois, só nos resta chorar." E achei isso muito mais interessante do que quase tudo que tenho ouvido ultimamente. Tá certo que não tenho ouvido coisas interessantes ultimamente (e isso tem me preocupado: acho que estou, outra vez, numa encruzilhada). É uma verdade. Temos de saber rir e "ser ridos". Isso nem sempre é fácil, muitas vezes pode parecer sinismo ou sarcasmo; mas pode ser só intimidade e confiança. Num relacionamento, onde nos sentimos livres, amantes e amados num mesmo alto grau; o riso é natural, comum e frequente. Para suportar isso, nossa auto-estima também deve estar legal, devemos estar confiantes em nós mesmo para sermos capazes de confiar em alguém. Acho que é aí (sim, eu acho) que está o maior problema dos relacionamentos na idade "pós-moderna", essa coisa líquida (vide Baumman), onde nadamos como moscas tentando fugir do afogamento.
A construção da nossa identidade está cada vez mais prejudicada, por isso somos cada vez mais frágeis e é isso que nos dificulta a chegada ao outro.
Sou capaz de rir de mim mesmo (às pampas), mas não sei se suportaria o riso público, mesmo achando minha auto-estima (não sei se esse hífen não caiu, paciência, escrever nessa idade líquida em que até as regras ortográficas mudam, não é fácil) quase imbatível.

Sei lá. Reflexões têm de chegar a algum lugar?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A propósito de um grande amor

1- Te mentiram quando disseram que ao se deparar com um grande amor todas as tuas dúvidas cessariam.
2- Te mentiram quanto disseram que nunca mais verias ninguém e que sentiria vontade de estar sempre acompanhado.
3- E também te mentiram quando disseram que seria feliz para sempre.

Contudo, ainda assim, vale a pena viver um grande amor.

Um amor que muda a cada dia, ora aumenta e se torna tão grande que sufoca, ora diminui e fica quase insignificante; mas está lá e isso nunca muda. Que faz chorar e depois faz rir com ainda mais intensidade.

Um amor de projetos e sonhos juntos, um amor que, mesmo depois de muita confusão, compreende. Um amor que se adapta às necessidades de ambos. Que dá liberdade, mas também tem ciúme.

Um amor que, depois do cansaço, beija e acomoda. Um amor que preocupa, que exige cuidado; mas dá muito mais retorno num gesto inesperado.

Um "Eu te amo" na tela do computador, no meio do dia, ou um cheiro no pescoço, ao chegar, mudam não só o teu dia, mas a tua vida. E quando isso acontecer, você vai saber que encontrou o grande amor da sua vida. Daqueles que só se encontra uma vez na existência. E, por mais que não se concorde em nada, é impossível, pois dói como se uma parte da tua alma fosse arrancada, voltar a viver só.

domingo, 4 de abril de 2010

A propósito do transporte público

Tô ranzinza. Pra caramba!! Mas o ônibus dessa nossa amada cidade é uma merda (para ser sutil)!!! Lotado quase sempre e com uma regularidade duvidosa; mas isso já é normal.

O maior problema de todos não são esses, mas outros: a falta de higiene dos usuários e sua imeeeeeeeeeeeeeeeeensa falta de educação.

Idosos não podem nem tentar usufruir de seu direito de usar os bancos preferenciais, NINGUÉM levanta para que eles sentem. E eles ficam rolando pelo corredor (ao sabor do humor do motorista, que, lá pelas 18 horas, não é dos melhores) como uma bola de boliche derrubando os pinos (demais passageiros).

Entretanto, o pior de tudo são aqueles que acham que os demais são surdos, pois ouvem músicas HORROROSAS (e olha que sou hiper tolerante com músicas) em volume máximo. Ainda por cima, muitos decidem fazer isso ao mesmo tempo, cada um com uma música pior e com um volume mais alto.

Imagine: um inferno, que nem Dante seria capaz de compor, depois de um dia de trabalho intenso.

E os imbecis dos cobradores. Sim, eu digo imbecis e ainda acho politicamente corretíssimo, nesse caso. Pois é evidente que sua profissão está a um pequeno passinho de sumir e eles não fazem nada para que os seus "clientes" sintam sua falta e peçam por sua permanência.
Caso eles funcionassem como fiscais do ônibus impedindo esse tipo de comportamento, os usuários fariam coro pela sua manutenção, mas como não fazem nada, farão pouca falta.

Não os defendo. Paciência. Que criem consciência antes que percam os empregos!!