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sexta-feira, 30 de maio de 2014

O aborto por capricho

Essa nova lei que libera o aborto, libera também a irresponsabilidade e inconsequência da nossa geração. A liquidez da ética e da moral da sociedade pós-moderna já evaporou e o gás se perdeu no espaço. E não falo de moral religiosa, falo de humanidade, de amor ao próximo, de respeito a vida.

Hoje, o aborto em casos de estupro e risco de vida já é liberado. O que estamos liberando agora é o aborto por capricho. Temos inúmeros métodos anticoncepcionais, informação, distribuição gratuita de preservativos e comprimidos. Quem engravida, engravida por que quis ou por que se descuidou. Não é culpa da criança que seus pais são irresponsáveis, ele não merece pena de morte por isso.

Os pais podem doar a criança para adoção, há milhares de família aguardando, mas devem arcar com as consequências de seus atos. A mãe pode e deve ter poder sobre seu corpo, mas deve usá-lo com responsabilidade. O corpo do bebê não é de sua mãe. E desde os primeiros batimentos cardíacos ele é próprio. Num mundo onde todo mundo é muito individualista me surpreende que ninguém defenda a individualidade do bebê, só ele deve decidir se e como vive ou não, quando puder fazê-lo.

A tecnologia tem nos mostrado que desde as primeiras semanas de gestação o feto já está formado, já tem seu corpinho e seu rostinho próprio, não é possível que isso não nos gere o mínimo de empatia com o ser humano que vemos ali estampado diante de nossos olhos ainda embasbacados e surpresos com a perfeição daquele corpinho tão pequeno, de menos de uma dezena de centímetros.

A aprovação dessa lei é
reflexo de um tempo de egoísmo e inconsequência. Ninguém se preocupa com seus pais e avós muito menos se preocuparia com o fruto de sua diversão fortuita. Uma lei dessas me preocupa muito. Num país onde ninguém paga por seus erros e o normal é que tudo acabe em pizza, essa é só mais uma lei que acoberta nossa cultura de inconsequências.