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sábado, 12 de março de 2011

A propósito do cartório

Sério. Sempre acreditei que meu registro de nascimento tivesse sido feito no cartório da Venâncio (2º de Porto Alegre). Acho que meu pai, quando passávamos por ali (pois esse trajeto era bem comum para nós) enquanto eu perguntava insistentemente se tinha sido registrada ali, alguma vez me disse (com mais vontade de se livrar da "perguntação" infantil do esclarecer algo) que eu fora registrada ali.

Mal sabia ele o transtorno que iria causar.

Sexta fui dar entrada nos papéis para o casamento, julgando que solicitaria minha certidão naquele mesmo cartório, não pedi adiantadamente, minha certidão de nascimento atualizada.Chegando lá o atendente do cartório não encontrava meu registro de nascimento. Fiquei perplexa e insisti com ele dizendo que tinha certeza e ele tinha de me achar. Não achou. Liguei para casa e o Josué localizou a antiga certidão em alguma das bagunçadas pastas onde a mãe guarda tudo o que ela julga perigoso de por fora (tudo mesmo)e leu em alto e bom som: Primeiro cartório de Porto Alegre.

Fiquei boquiaberta e confusa. Meu mundo mudou. Coisas em que eu sempre acreditei podem ser mentira. Tá bom é só um cartório e tem gente que nem sabe em que cidade nasceu; mas poxa vida, meu pai me passou a perna. Ele consegue fazer isso mesmo morto. Sério. Ainda estou chocada. Mas mesmo que em choque fui ao tal primeiro cartório, lá na Comendador Coruja (faz sentido, é bem mais perto do hospital onde nasci - o Militar (embora, na certidão, sei lá por que, conste Hospital Geral)e peguei a tal certidão e pude dar entrada nos papéis para o casório ainda na sexta. Ufa!