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sábado, 31 de outubro de 2015

A propósito do aniver da Teo

E de repente faz um ano
E parece que faz tanto e tão pouco tempo
Quanta dúvida, quanta ansiedade e quanta novidade!
A cama ficou grande, cabe mais gente
As noites longas e agitadas que levam o cansaço ao limite
E as manhãs alegres e com risadas sonoras que dão ânimo para o dia
E aquele cheirinho! Ah! O cheirinho faz tudo valer a pena.
E a risada, e o abraço, a carinha de sapeca, os olhinhos apaixonados e as gracinhas – os pedidos de leitura e sede de mamar, o carinho desajeitado e o amor que tão grande se torna concreto em cada momento de convivência.
Faz só um ano que ela nasceu pequenininha e molinha, tão indefesa e tão linda e agora já anda de pé, fala palavrinhas e está cheia de vontades.
A cada dia me encanto mais com sua beleza, seus olhos grandes como o da mãe, puxados como os do pai e azuis como dos bisavós; mas me encanto mais ainda com seu carinho e capacidade de observação – e fico completamente apaixonada!
E a cada dia é uma descoberta, uma aprendizagem e nossa vida se renova e nos envolve numa atmosfera de juventude e pureza.
E assim passou um ano...
e que venham outros tantos e conquistas cada vez maiores,
mas que sempre possamos estender a mão
e nossa ajuda sempre tenha serventia,
e que possamos, com nossa experiência e afeto, evitar muitos tombos
e ainda possamos consolar aqueles que não pudemos evitar.
Que ser pais para nós seja sempre poder mais, amar mais e viver mais através do que temos de melhor, nossa jóia cuidadosamente lapidada junto com nossos pais, irmãos e avós.
E por não caber em nós tanta alegria, temos muito que comemorar com todos que torcem por nós e nos observam nessa aventura.

A propósito do corpo de mulher

As olheiras de cansaço aparecerão, por causa da balada ou por acordar a cada mamada.
As estrias virão, seja por causa do barrigão ou dos quilos que vêm e vão.
As rugas também vem, com ou sem neném,
Envelhecer é o preço de viver e que venham as cicatrizes, sejam de piercing ou cesariana.
E que o corpo não seja motivo para escolher ter ou não ter.
E que os filhos não nasçam com essa culpa e nenhuma outra.
Afinal, nunca vi um epitáfio assim: foi sarada até o fim.