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sábado, 27 de março de 2010

A propósito de um pito

Um amigo me deu um pito (fez-me uma repreensão, para quem não compreende gírias do século passado). De forma muito sutil e, até, velada ele disse que nunca deveríamos expor coisas de certos ambientes na internet. Acho que ele tem razão. Podemos ofender as pessoas a nossa volta e conseguir problemas sérios.
Pensei em apagar o que tinha publicado. A internet nos confere essa graça (antes os pobres autores, depois de terem jogado merda no ventilador, só podiam renegar a obra,o que pouco ajuda, já que a torna ainda mais curiosa aos leitores.) Contudo, não usei-a.
Decidi fazer alguma revisão que reduzisse a referência direta e deixar assim mesmo: afinal Baudelaire fez uma OBRA (e morreu pobre e sozinho) porque não poupou ninguém em seus escritos.
Tá bom. Não quero morrer pobre, nem sozinha. Por isso atenuei meus rabiscos. Mas certos hábitos da humanidade me fazem arrancar os cabelos!!
E me torno tão amarga que passo a ser intragável.

Paciência.

Eu avisei que não sou tão fácil quanto aparento.
Quem se aproximar, que esteja preparado.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A propósito de um convite

Sou muito de filosofias e pouco de instituições. Isso me ocorreu porque me convidaram para fazer parte do Greenpeace. Sou mais de fazer a minha parte. Acredito em Deus e não vou a igrejas . Economizo papel, uso transporte público, caminho de monte, uso lâmpadas econômicas; mas não quero fazer parte de nenhuma dessas instituições ambientalistas. Instituições são especialistas em criar radicais. Não gosto de radicais. Prefiro sempre a medida grega. Aurea mediocritatis. No equilíbrio encontramos as melhores soluções. As pessoas deviam ter mais princípios e menos instituições. Vejo ambientalistas usando madeira de lei com orgulho, crentes roubando com a maior cara-de-pau e seguem balançando suas bandeiras na maior paz interior.
Eu prefiro não me comprometer me comprometendo: não levanto bandeiras, mas tento fazer a minha parte.
Acho que é mais útil. Para mim e para a humanidade.

terça-feira, 16 de março de 2010

Personagens da minha vida

Aquele post sobre a Dinha me inspirou a fazer uma série: personagens da minha vida. Não é só um espaço para elogios, mas um lugar para agradecer a Deus por ter posto esses "anjos" cheios de amor pela minha vida no meu caminho. Será uma longa trilha: a mãe, a tia Zi, o vô e a vó (no singular mesmo), a Tata e o Bolsa, tia Rô serão uns dos temas, não nessa ordem, nem em ordem de importância, mas em ordem de inspiração. Assim como pensei todo post da Dinha no ônibus e o escrevi no banco, os demais devem vir espontaneamente. Aguardem e verão.

domingo, 14 de março de 2010

Velha e chata

Estou velha e chata. Por isso faço um compromisso público de não mais me sujeitar a fazer o que não gosto só por que os outros acham legal. Um professor da faculdade dizia que já estava muito velho para ler todo um livro do qual sabia que não ia gostar desde o começo. Eu não vou mais a programas só para fazer um social. Sabemos que isso resulta sempre num programa chato e que eu sou péssima no social e portanto tudo se torna catastrófico. Saio irritada com a estupidez humana a tal ponto que sou capaz de achar uma metralhadora e fazer um extermínio.
O raça que nunca aprende.
Se eles lessem mais, vissem mais filmes, ouvissem seus pais e avós; nunca agiriam dessa forma ridícula. Um homem que não conhece o seu passado está condenado a repeti-lo. Acho que a minha geração e, talvez mais ainda, a próxima estão cometendo os mesmíssimos erros de nossos pais: resolvem problemas de socialização, de trabalho, de família e outros quaisquer dentro de um copo.
Se os problemas continuarem progredindo na velocidade em que estão, teremos uma geração de bêbados, sim, bêbados e não alcoólatras; pois estarão sempre sob efeito do álcool.
Além disso, se acham muito inovadores pois têm A liberdade sexual. Só que ainda não perceberam que não sabem usá-la. Continuam como seus pais ou avós.
Nossos pais e avós conquistaram coisas importantes que não sabemos usar. As menininhas só conseguem usar sua sexualidade como objeto de troca e passam a ser lindas prostitutas do século XXI que nem recebem dinheiro para isso e não têm garantido o pagamento: a suposta influência ou ascensão social que almejam com isso.
Cadê a educação? Cadê a formação? Onde estão as conquistas dessa geração?
Quanta imbecilidade!!!
Tudo isso depois de um passeio para relaxar.
Não adianta, essas reflexões não saem da minha cabeça quando vejo situações assim. Burrice me incomoda, não consigo descansar com esse tipo de companhia.
Saí para me divertir e saí de lá estressada e triste. Será que não iremos crescer enquanto civilização? Seguiremos sendo uma geração de adolescente inconseqüentes até o fim dos tempos?
Estou mesmo chata e velha. Gosto de estar com os meus amigos que, pensando ou não como eu, me ouvem e me respeitam e não atentam contra a civilização. Bem ou mal nós crescemos.
Gosto mesmo de estar com a minha família que me aceita chata como sou e sabe rir da minha rabugice.
Velha e chata não gosto de ver a minha geração e a seguinte desandando o caminho.
Fim: não vou mais a encontros que prejudiquem a minha paciência de velha.

domingo, 7 de março de 2010

Curto

Eu escrevo como falo. Principalmente quando estou na presença de estranhos, ouço muito mais do que falo. Sempre leio muito mais do que escrevo.

Tenho sempre a sensação de estar repetindo algo que não merece ser repetido. Ou dizendo o óbvio. Odeio passar por idiota, então, mesmo que pense babaquices, calo; mas sigo perguntando mesmo correndo o risco de passar por imbecil.

Odeio perceber, ao final de uma conversa, que falei mais de mim do que soube da outra pessoa. Acho que pareci desinteressada ou mal educada mesmo.

Escrevendo não tenho motivo para deixar espaço para os outros escreverem, eles têm a imensidão da folha internética para escrever, mas não perco o hábito. E calo.

sábado, 6 de março de 2010

Dinha


Não sei de onde veio esse apelido. Suas histórias não são confiáveis. Acho que é por que ela é madrinha da maioria dos seus sobrinhos. De madinha, virou Dinha.
Ela não teve filhos naturais, mas seu instinto maternal é maior do que o da maioria das mães.
Não sou sua sobrinha, nem sua afilhada, ela ficou, para mim, no lugar da avó paterna que nunca tive. Ou de fada madrinha, pois tudo que ela sabe que quero, ela providencia. Sua frase mais marcante para mim: Não fica com vontade, pede para Dinha (sim, nesse caso ela fala dela mesma na terceira pessoa).
Eu tento retribuir à altura, mas sei que não consigo. Posso até ser doutora, mas dificilmente serei médica (seu maior sonho). De qualquer forma ela segue acreditando em mim e financiando meus planos mais loucos: especialização, inglês, inscrição em milhares de concursos. Nunca cansa. E eu sempre retribuindo pouco, nem mesmo todas as visitas que eu gostaria de fazer, faço, muitas vezes por causa das coisas que ela mesma me pagou.
Enfim, isso é só mais uma reflexão de como a vida é boa para mim. E de quanto eu devo à ela.
Te amo, Dinha!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

A última categoria de amigos

Tô nessa fase de falar sobre amigos. E hoje a minha terceira categoria (de acordo com os comentários do blog, pois na vida elas são a primeiríssima) de amigas me surpreendeu. Quando cheguei no banco, encontrei minha melhor amiga da escola numa fase de brilho e alegria que me deu energia para um dia cheio. Ótimo! Depois, quando cheguei em casa, minha melhor amiga de infância (Isso!! Jacó bananeiras em pessoa) estava me esperando com um presente de niver atrasado e um mate (feito pela tia Ju, mas vale da mesma forma). Pela primeira vez nesse mês, tive tempo de sentar e conversar. O dia valeu a pena, por isso as amizades de primeira classe valem a pena. Para sempre.

Minha psicóloga disse que ter amigos é uma questão de tempo e cultivo, que, como não temos muuito tempo, não devemos ter muitos amigos (da categoria dos íntimos, obviamente), pois não poderíamos cuidá-los (Afinal, você é eternamente responsável por aquilo que cativa). Eu tenho uma porção de amigas íntimas e poucos amigos-parceiros-conhecidos, afinal, quem me conhece, sabe que simpatia não é o meu forte. E dedico tempo e energia em mantê-los, principalmente os de longuíssima data, como essas duas.

Disso tudo concluo: amizades sempre valem a pena não importa em que quantidade.