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sábado, 25 de junho de 2011

O prazer de ler

Eu adoro ler. E acho horrível quando as pessoas dizem: eu gostaria de ler, mas não tenho tempo. Como se ler fosse coisa de desocupado.

Mas todo problema é que estou preocupada com as minhas leituras.

Em função do doutorado, tenho lido muito teoria da literatura e nada de literatura. Nada por gosto, com vontade. O último livro legal que li foi "Natália", mas só li por que faz parte da minha tese - então não conta. Então acabo me enquadrando no rol das pessoas que não tem tempo para ler. Leio no ônibus, antes de dormir, enquanto espero qualquer coisa; mas na minha bolsa só tem um livro de sociologia!!!

E agora - que vou para agência de carro - quando vou ler?

Entrei numa livraria esses dias - eu procuro evitar esse tipo de visita para evitar problemas de orçamento - e queria carregar tudo: auto-ajuda, ficção científica, livros infantis e até aqueles de adolescente que agora são tão mais cheios de coisinhas. Ler toda a literatura inútil do mundo e a útil também, se é que essa linha é tão clara.

Já faz tempo que não participo de mesas sobre literatura com especialistas e isso me faz tanta falta. Queria saber se toda literatura, psicologia, sociologia, filosofia, história e antropologia não é uma forma de auto-ajuda, uma maneira de tentar nos compreender para viver melhor, um jeito de ver mundo com o olhar do outro,de viajar no tempo e no espaço e conhecer. Por isso, às vezes, quero ler tudo - ler para saber, para opinar, para não gostar. Não quero dizer (como certa vez um professor meu disse) não li e não gostei. Quero o direito à leitura! Já!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A propósito da negação do passado

Nossa geração se acha muito múltipla e tolerante, mas despreza nosso passado de um forma tão afrontosa que nem se dá conta. Podemos mudar o futuro, mas não o passado.
A censura à obra de Monteiro Lobato é só mais um exemplo disso. O autor é machista, racista e autoritário, mas ele é só reflexo de toda sociedade de seu tempo. Se escondermos isso de nossos jovens estaremos fadados a repetir nosso erros enquanto civilização. Logo outro jovem cientista vai querer provar qual é a etnia mais forte ou mais inteligente e vamos voltar aos anos negros.

Entender que todos são iguais é uma necessidade, mas saber que nem sempre foi assim é quase tão importante quanto.

Lembrei de uma aula em que falava com uma aluna sobre a luta pelos direitos das mulheres. Ela, uma jovem de 15 anos, não compreendeu. Como assim? Por que direitos das mulheres, se elas fazem tudo e até mais do que os homens. Assustada com a verdade da resposta, expliquei por que era importante conhecer esse passado e cuidar para que ele não se repetisse, seja na versão machista ou numa pós-moderna versão feminista.

É preciso conhecer o passado, saber das injustiças já cometidas para manter a igualdade - ela é um bem precioso.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A propósito da Pressa que me rendeu mais um tombo

Eu já prometi parar com toda essa pressa. Já jurei pensar mais e correr menos. Já disse que não quero ocupar todíssimo meu tempo com coisas úteis e me castigar por cada minuto "desperdiçado" - sim, eu sou um modelo de administração do tempo - e isso é péssimo. Não é como nos treinamentos de eficiência e eficácia. Na vida privada só cansa, causa acidentes e pode até matar.
Pois é,eu tento ser uma dona de casa razoável, economiária competente, professora doutora em gestação, esposa, filha, neta e boa amiga. Tudo agora imediatamente.

Por isso estou sempre com pressa.

Por isso corro.

Por isso me acidento.

Sábado fui limpar o chão da cozinha, pois derrubei farinha no chão fazendo um bolo para esperar minhas queridas colegas da faculdade que vieram me visitar para ver o álbum do casamento (sim, só agora ficou pronto). Correndo no chão molhado para guardar o balde antes das gurias chegarem escorreguei e caí de cabeça no chão. Não sei como, foi um salto mortal ou um duplo twist carpado sei que minha cabeça bateu com força no chão e escorregou até a parede onde o resto do corpo amontoou. Na hora, tomei qualquer coisa par dor e recebi os amigos tranquilamente. Dormi tarde e cansada e nem lembrei mais de tombo nenhum.

No domingo, ao tentar levantar, lembrei bem o que tinha causado toda aquela dor e dificuldade. Não pude levantar. Dor. Tomei remédio e levantei ao meio dia, mas o joelho roxo e o ombro imóvel ainda doíam muito. Minha mãe me carregou para o traumato, fiz raio x e não quebrei nada, mas dada a minha situação delicada (minha clavícula daquele ombro saiu do lugar há uns 15 anos atrás e nunca mais se recuperou) o médico além dos antiinflatórios botou meu braço na tipóia.

Fim da correria - de molho dois dias. Juro que vou parar de correr.