Nossa geração se acha muito múltipla e tolerante, mas despreza nosso passado de um forma tão afrontosa que nem se dá conta. Podemos mudar o futuro, mas não o passado.
A censura à obra de Monteiro Lobato é só mais um exemplo disso. O autor é machista, racista e autoritário, mas ele é só reflexo de toda sociedade de seu tempo. Se escondermos isso de nossos jovens estaremos fadados a repetir nosso erros enquanto civilização. Logo outro jovem cientista vai querer provar qual é a etnia mais forte ou mais inteligente e vamos voltar aos anos negros.
Entender que todos são iguais é uma necessidade, mas saber que nem sempre foi assim é quase tão importante quanto.
Lembrei de uma aula em que falava com uma aluna sobre a luta pelos direitos das mulheres. Ela, uma jovem de 15 anos, não compreendeu. Como assim? Por que direitos das mulheres, se elas fazem tudo e até mais do que os homens. Assustada com a verdade da resposta, expliquei por que era importante conhecer esse passado e cuidar para que ele não se repetisse, seja na versão machista ou numa pós-moderna versão feminista.
É preciso conhecer o passado, saber das injustiças já cometidas para manter a igualdade - ela é um bem precioso.
Um comentário:
Ótimo post!!! O Brasil é campeão em abafar as partes feias de nossa historia... muito ruin isso
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