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terça-feira, 9 de setembro de 2008

A propósito do nosso edifício


Hoje estou nostálgica. Lembrei também dos velhos hábitos do condomínio. Fazíamos festa junina com fogueira, nos reuníamos para ver os jogos da seleção, tomávamos banho de sol na garagem e até pendurávamos roupa no salão de festas. Tudo isso bem no meio de Porto Alegre. Alguns interioranos acham que ninguém se fala nos prédios da Capital. Não foi sempre assim. Não é assim aqui. Temos um bairro de cidade do interior bem no cruzamento da Bento com a 3ª perimetral. Já não é a mesma coisa, não temos mais todos esses hábitos, muitas vezes tachados de dignos de um cortiço. Todavia ainda temos nossos jantares de encontro entre o vizinhos e nossa ecumênica festa de natal numa paz completa entre as religiões. E mais importante do que tudo, sabemos que podemos bater a porta ao lado, ou a de cima, ou a da frente (...) sempre que ocorrer um imprevisto. Seja dos pequenos: uma xícara de açucar, uma cópia à meia-noite para entregar com um trabalho amanhã (...) ou dos grandes: uma grande comoção por morte ou doença quando só se pode esperar um ombro amigo. Gostaria que nossa cidade tivesse mais recantos como esse.

Um comentário:

Unknown disse...
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